quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O México.


O México.
Grande parte da população tinha motivos para estar descontentes. Um deles era a fantástica concentração de riqueza nas mãos do clero e as humilhações de todo o tipo que grande parte dos ministros da igreja infringia aos nativos, mestiços e brancos pobres. Com exceção daqueles que permaneciam perto das cidades o resto desconhecia os frutos mais elementares da civilização e do progresso. Deste setor social saíram os contingentes mais numerosos dos exércitos que lutariam por uma independência que lhes dessem uma vida. A população branca de ascendência espanhola foi elaborando um forte ressentimento em virtude de que lhe estavam vedados os postos de maior destaque na estrutura burocrático - administrativa. A distribuição era mais desigual no México que na Capitania Geral de Caracas, Cuba e Perú. Por imitação do liberalismo napoleônico foram outorgadas leis liberais: liberdade política e de impremssa, abolição das mitas, distribuição de terras aos indígenas e isenção de todos os serviços pessoais, abolição da inquisição.

Na madrugada de 16 de setembro de 1810, no povoado de Dolores, o padre Miguel Hidalgo deu o primeiro grito de independência. A partir de agora havia apenas americanos e europeus. Coincidiu com Hidalgo na eliminação da escravidão e de numerosos tributos que pesavam sobre os de menos posse. O caráter francamente revolucionário assumido no México pela guerra, pela independência alarmou os poderosos de todos os matizes, a começar pelos espanhóis, leigos e religiosos. O único fator modificado é que a parte da riqueza do país que era enviada para Espanha seria agora monopolizada pelos senhores atuais.

imagem: www.melhorembarque.com


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