terça-feira, 31 de outubro de 2017

Arqueóloga descobre artefatos vikings com o nome de Alá na Suécia.

Arqueóloga descobre artefatos vikings com nome de Alá na Suécia

Na Suécia, arqueólogos anunciaram uma descoberta que pode ser um novo capítulo na história da humanidade. Mantas mortuárias com caracteres da escrita árabe foram encontradas em cerimônias funerárias vikings. Os objetos podem levar a novas revelações sobre a influência do Islã na Escandinávia.
Apesar da importância do material localizado na Suécia, os fragmentos ficaram esquecidos e classificados como material genérico em um arquivo durante um século.
Após a nova análise dos tecidos, localizados em túmulos dos séculos 9 e 10, os arqueólogos evidenciaram detalhes desconhecidos sobre a relação entre os mundos viking e muçulmano.
A prova mais concreta da relação entre os dois povos são os bordados em prata e seda com as palavras “Alá” e “Ali”.
Padrões distintos
Quem fez a descoberta dos mantos foi Annika Larsson, da Universidade de Uppsala. Arqueóloga especializada em tecidos, Larsson constatou que as amostras, recuperadas em escavações ao longo dos últimos 200 anos, tinham procedência da Ásia Central, Pérsia e China, o que a deixou intrigada.
O que mais chamou a atenção da arqueóloga foram os padrões geométricos presentes no tecido, pois eram completamente diferentes de tudo o que ela tinha visto na Escandinávia.
“Durante as análises, recordei de alguns desenhos que vi em tecidos da época da ocupação árabe da Península Ibérica”, disse ela.
Neste momento, Larsson notou que estava analisando caracteres de uma forma arcaica da escrita árabe, a kufic. Duas palavras apareciam com frequência. Com auxílio de uma colega, ela identificou que uma das palavras era “Ali”, nome do quarto califa do Império Islâmico, que viveu no século VII.
Para a tradução da segunda palavra, a dificuldade foi maior. Foi como montar um quebra-cabeças. Larsson precisou ampliar as letras e analisá-las em diversas perspectivas para descobrir que tratava-se de um mosaico formado pelo nome “Alá” (Deus no idioma árabe). As duas palavras apareceram em pelo menos dez dos mais de cem fragmentos analisados.
“Não podemos descartar que as pessoas enterradas eram muçulmanas. Análises de DNA em outras escavações de túmulos vikings revelaram que seus ocupantes eram originários de locais distantes, como a Pérsia, onde o Islã já era dominante”, ressalta ela.
Todavia, a arqueóloga acredita que as probabilidades indicam outro caminho, mostrando a influência da filosofia islâmica em rituais fúnebres vikings – noções, por exemplo, da vida eterna no paraíso após a morte.
Larsson e sua equipe agora tentam, com auxílio do Departamento de Genética da universidade, estabelecer as origens dos corpos envoltos nos tecidos.
Este foi o primeiro registro histórico de uma menção ao califa Ali, encontrado na Escandinávia, o que leva a arqueóloga a crer que sua descoberta oferece possibilidades promissoras.
“Agora que podemos examinar padrões vikings de forma diferente, estou convencida de que encontraremos mais inscrições islâmicas em outros tecidos. Quem sabe até em outros artefatos”.
nossa fonte: https://www.traduzca.com/artefatos-vikings-com-nome-de-ala/

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