segunda-feira, 22 de maio de 2017

Um pouco sobre os Povos Bárbaros.



Um pouco sobre os Povos Bárbaros.


Habitavam a Germânia, na Europa. Estavam divididos em vários grupos: alamanos, burgúndios, francos, godos, jutos, ostrogodos, saxões, suevos, vândalos, visigodos, etc. 

Se dedicavam a guerra e a agricultura. Assim que a terra se esgotava, eram obrigados a partir para outro lugar. Eles cultivavam trigo, aveia e linho. Criavam bois, cavalos e ovelhas. Caçavam e pescavam. Praticavam a metalurgia na fabricação de armas: lanças, espadas longas com duplo corte e machados. 

Quando morriam, eram enterrados com suas armas. A vida familiar era importante. O pai era a autoridade sobre a esposa e filhos. Haviam casamentos monogâmicos e poligâmicos. Ao se casar, a mulher levava o dote, armas e animais. O homem vivia com a família até os 15 anos, depois recebia o escudo e a lança do pai e ia viver com os guerreiros. Se fosse nobre seria orientado por um chefe. Mesmo casados, os jovens seriam protegidos pela família. Se fosse morto, seria vingado. Se devesse a alguém, a família deveria pagar as dívidas. Os homens livres tinham prestígio. 

Os nobres possuíam mais terras e dirigiam a comunidade. Os semi livres eram vindos de povos vencidos. Os escravos eram prisioneiros de guerra ou porque não puderam pagar as suas dívidas. 

O bando de guerreiros era comandado por um chefe e prestavam-lhe juramento de fidelidade. O cargo de chefe também podia passar de pai para filho (hereditário). 

As guerras com romanos enriqueceram muitos chefes bárbaros. Alguns desses comandantes tornavam-se reis.


AS LEIS GERMÂNICAS.

Não havia lei escrita, as leis eram transmitidas oralmente. O direito era consuetudinário, baseado nos costumes. Cada comunidade tem suas leis e costumes. A lei permitia fazer justiça com as próprias mãos. A lei não era igual para todos, porque umas vidas valiam mais que as outras. 

As multas variavam pela posição social e pelo sexo da pessoa. A vida de um nobre valia mais do que a vida de um homem comum. Havia tortura, mergulhavam a mão em água fervente ou deveriam segurar uma barra de ferro quente.

A MITOLOGIA GERMÂNICA.

Seus deuses também possuíam características humanas e divinas. Os normandos, conhecidos como vikings, enriqueceram a mitologia. Como eles viviam na Escandinávia, não tiveram contato com a cultura greco-romana. Os principais deuses germânicos eram:

ODIN = rei misterioso, sacrificou um olho para ganhar sabedoria, seus ajudantes eram 2 corvos, Hugin, o pensamento e Munin, a memória, contavam tudo que acontecia no mundo. Deus da guerra, alguns chamavam de Wotan e os bretões chamavam de Woden.

THOR = filho de Odin, deus do trovão e das tempestades, o barulho do trovão, era da sua carruagem puxada por 2 bodes. Sua arma era o martelo de pedra, chamado Mjoelmir, deus da chuva e da fertilidade, a 5ª feira é o dia de Thor.

LOKI = deus trapaceiro, pregava peças e contava mentiras.

FRIGA = mulher de Odim, deusa das plantações, campos e das mulheres grávidas,a 6ª feira, Friday é o dia de friga.

HEL = monstruosa filha de Loki, governava o reino dos mortos.

O espírito guerreiro acompanhava os bárbaros na guerra. Os mortos eram levados pelas Valkirias para o Wahalla, paraíso dos guerreiros.

OS CELTAS.

Habitavam o norte e o centro da Europa. Foram vencidas pelos romanos entre 58 e 52 a.C., na europa e na Britânia em 43 d.C.. 

Os povos celtas mais conhecidos são os gauleses que habitavam a Gália, atual território da França e da Bélgica. Os bretões viviam na Grã-Bretanha. Os iberos viviam na Lusitânia, Hispânia e na Península Ibérica, onde é Portugal e a Espanha. 

Os celtas cultuavam a natureza. Seus rituais eram realizados em bosques. Os sacerdotes eram chamados de druidas. O Mago Merlim era um druida. O rei Arthur e Panoramix o feiticeiro das poções mágicas do Asterix, são histórias dos druidas. 

Entre as festas religiosas dos celtas, está o Halloween, Dia das Bruxas, comemorado até hoje. Na Irlanda, os monges cristãos transmitiram essa cultura, através das histórias que escreveram. As línguas de origem celta:como o bretão, o galês e o irlandês ainda existem.

OS GERMANOS NO IMPÉRIO ROMANO.

Os bárbaros foram se deslocando e entrando no Império Romano. Alguns entraram como soldados, como lavradores nas condições de colonos. 

No comércio, forneciam trigo, madeira e peles. Compravam dos romanos ferramentas, armas e vinho. Também por meio de casamentos, os bárbaros se misturavam aos romanos. 

A partir do séc. IV, os germanos passaram a atacar e saquear as cidades do império. Queriam terras para a agricultura e a cobiça pelas riquezas de Roma. Os hunos também estavam atacando a Europa e pressionando os germanos.

OS HUNOS.

Eram cavaleiros vindos da Mongólia. Em 370 d.C., chegaram a Europa espalhando pânico por toda a Germânia. Atacaram cidades romanas e saquearam tudo. Seu comandante era Átila. Para fugir dos hunos, os germanos entrarm no império romano. 

Em 410, Alarico e os visigodos atacaram Roma. Os bárbaros foram embora levando ouro, pedras preciosas, tapetes e artigos de valor. Em 476, Roma caiu nas mãos bárbaras de Odoacro, chefe dos herulos. 

Nas terras romanas conquistadas pelos bárbaros, fundaram vários reinos: Reino dos Anglo-Saxãos, Reino dos Francos, Reino dos Visigodos, Reino dos Suevos, Reino dos Vândalos e o Reino dos Ostrogodos.


Os Principais Estados Germânicos.

Surgiram os seguintes traços: 

1 – ruralização da vida econômica. Promoveu o fortalecimento das elites agrárias. A hierarquia foi baseada no fator terra. Constituindo grupos dominados pelos aristocratas agrários. A pirâmide da hierarquia tinha a nobreza, do outro lado uma massa de camponeses dominada pelas aristocracias.

2 - Ocorre um enrijecimento das relações sociais nesta sociedade pela polarização da hierarquia.

3 - Inicia a cristianização dos povos germânicos, um dos processos mais importantes para essa organização social. Alguns estados germânicos tiveram suas bases marcadas pela cultura romana enquanto que outros vão aproximar-se mais ao legado germânico. Um dos primeiros estados a se organizar a partir do legado romano foi o reino dos ostrogodos.

Reino dos Ostrogodos - Itália.

Este vai se organizar a partir da liderança de um Rei Teodorico. Governo de Teodorico (mais ou menos 493 – 526). Ele vai tentar restaurar o legado romano. Defensor de Roma. Politicamente usou o senado, a magistratura e o sistema de cobrança de impostos. Permitiu que a elite do senado romano continuasse a desempenhar suas funções administrativas mesmo que fossem resistentes ao seu governo. No ponto de vista econômico, na região da Gália, permitiu a conservação de propriedades dos antigos e dividiu terras com seus guerreiros. Teodorico procurou manter uma urbanização, reformar prédios, defendia a cultura, mandou construir templos. No início do seu governo, buscou a cooperação de personalidades políticas e intelectuais romanas importantes como: Cassiodoro e Boécio, que foram pensadores. Somente os germanos podiam ter porte de armas e exercer o militarismo. A religião na monarquia dos ostrogodos encontrava-se no arianismo com cristãos e arianos e permitiu o culto aos católicos. Surge o cristianismo católico ortodoxo.

As lendas glorificavam os antepassados. O estado era patrimônio da família real, mas era frágil porque em caso de sucessão ele seria dividido entre os membros da família e fragilizava a unificação. Muitos grupos foram marcados por vários conflitos internos na disputa de poder e riquezas.

O Reino dos Francos.

O reino é associado a um grupo de povos. Muitos estados germânicos não duraram muito porque não tinham uma estrutura política.

Os Anglo Saxões.

Fizeram parte da primeira fase da Inglaterra Medieval e foi dividido em vários estados germânicos e duravam entre 30 a 50 anos e acabavam porque não tinham força.

Os Vândalos na África.

Não misturaram suas culturas entre a população romana e a gótica. Não duraram muito por causa das dificuldades políticas apresentadas pelos reinos germânicos. Muitas realezas buscavam a herança administrativa de Roma e suas formas de adaptações políticas. Muitos estados tiveram de contar com a ajuda e fusão com os romanos. 

Fonte: arquivo pessoal, Aula da prof. Vanessa.






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