Os restos foram
encontrados perto das Pedras de Ale, um conjunto de 59 pedras em um penhasco na
costa do báltico sueco. Foto: Reprodução.
Arqueólogos
descobriram evidências de um túmulo da Idade da Pedra próximo a um monumento
megalítico conhecido como Stonehenge da Suécia. Restos de um local de enterro
que se acredita ter 5,5 mil anos foram encontrados perto das Pedras de Ale, um
conjunto de 59 pedras em um penhasco na costa do báltico sueco. As informações
são do site do jornal britânico Daily Mail .
De acordo com o
folclore local, as pedras são o lugar de descanso final de um líder lendário
conhecido como Rei Ale. Contudo, outras teorias dizem que pode ser um
calendário astronômico com a mesma geometria subjacente de Stonehenge.
Pesquisadores do Conselho do Patrimônio Nacional Sueco descobriram traços da
antiga tumba após cavar um fosso no centro do círculo de pedra, que se acredita
ter entre mil e 2,5 mil anos. "As descobertas confirmam o que
acreditávamos: que isso foi um lugar especial por muito tempo", afirmou o
arqueólogo Bengt Söderberg à agência de notícias sueca TT.
A equipe
encontrou diversos componentes que acredita ser evidências de um dólmen - um
túmulo portal megalítico que geralmente consiste de três ou mais pedras
verticais que suportam uma pedra angular grande, plana e horizontal. "Os
componentes consistem em impressões de grandes pedras que pertencem a uma
câmara mortuária central cercada por pedras largas e uma borda de pedras
menores", disse Söderberg ao Discovery News.
Os arqueólogos
dizem que as marcas são muito claras e deixaram o chão sólido como cimento, o
que indica que as pedras tenham sido pressionadas para baixo com força. A
escavação do dólmen - que tem orientação norte e sul e aproximadamente 19 m por
7 m - também revelou uma lâmina, um raspador e vários flocos de sílex. A equipe
datou o túmulo como do período neolítico sueco, o que corresponde a 5,5 mil
anos.
Apesar da
importância da descoberta, a escavação inicial terminou, e o veio será
preenchido. Especialistas afirmam que uma escavação completa será necessária
para obter uma visão adequada de quem e o que está enterrado lá.
Annika
Knarrström, do Conselho do Patrimônio Nacional Sueco disse ao Discovery News
que o dólmen normalmente era "o túmulo de algum magnata local".
"Não precisa ser um chefe para ser enterrado aqui, pode ser um fazendeiro
rico", exemplifica. A importância da descoberta foi multiplicada pela proximidade
com as Pedras de Ale, o local megalítico a cerca de 9 km ao sudeste de Ystad,
em Skåne, descrito como o Stonehenge da Suécia.
O local apresenta 59 blocos, cada um pesando até
1,8 kg, dispostos como um navio de cerca de 67 m de comprimento em um penhasco
com vista para o mar báltico. Arqueólogos concordavam que a estrutura
megalítica teria sido feita há 1,4 mil anos, próximo ao fim da Idade do Ferro,
como um monumento de enterro. No entanto, pesquisas recentes apontam que ele
remonta à Idade do Bronze escandinava - cerca de 2,5 mil anos atrás - e foi
construída como um calendário astronômico com a mesma geometria fundamental
como o Stonehenge em Wiltshire, na Inglaterra. 19 de outubro de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário