sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Estudo descobre ruínas de metrópole medieval.

Um complexo urbano no entorno do templo de Angkor Vat no Cambodja foi 3 vezes maior que o que se suspeitava, de acordo com uma equipe internacional de arqueólogos que rastreou o subsolo com a ajuda de radares da Nasa, revela um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

A cidade construída ao redor de Angkor, que foi a capital do império Khmer(região atual do Camboja, parte da Tailândia. Essa cultura foi influenciada pelos Indus e Chineses, trazida por conquistadores e comerciantes), entre os séculos IX e XVI, se estendia sobre quase 1.000 km2. Esta superfície seria, portanto, a maior mostra de desenvolvimento urbano da era pré-industrial, superando de longe cidades maias, como a de Tkal na Guatemala.

Este complexo tinha o potencial de alimentar uma população de 500 mil pessoas, de acordo com autores deste estudo divulgado na Academia Nacional americana de Ciência.

Os arqueólogos tentaram estabelecer delimitações de urbanização no entorno de Angkor, na província de Siel Reap, a partir dos anos 50. Mas estas pesquisas se tornaram mais difíceis devido às construções residenciais e à exploração agrícola moderna.

Em 2000, este grupo de arqueólogos cambojanos, franceses e australianos, pediu à Nasa, a agência espacial americana, ajuda neste projeto de seus radares dos satélites em órbita.

As imagens fornecidas, que são capazes de penetrar no subsolo, permitiram encontrar os traços dos antigos caminhos, de canais e de bacias.

Ao se combinarem as imagens do radar com as de aviões e as informações topográficas, estes arqueólogos puderam determinar a localização de milhares de bacias hidrográficas, além de 74 templos.

Eles concluíram que a rede de canais de irrigação permitiria suprir as necessidades dos cultivos de arroz que se estendiam de 20 a 25 km ao norte e ao sul de Angkor até o lago Tonle Sap.

Estes trabalhos também permitiram encontrar os indícios que apontam para a confirmação da teoria segundo a qual um desastre ambiental teria provocado o afundamento da civilização Kmere no 14° século.

A superpopulação, o desmatamento e a erosão do solo cultivável combinados com as inundações poderiam ter tido conseqüências catastróficas para esta população medieval, explicaram os autores deste estudo. 21 de novembro de 2008.
fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1827174-EI295,00.html

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