A Charqueada São João –
1810.
Do português Antônio Gonçalves Chaves. Onde foi gravada a
Série Global “ A Casa das Sete Mulheres”. Hoje ela é um museu com visitação
acompanhada por um guia e leva em torno de 50 minutos. Alguns locais é
permitido o registro de fotos e outros não. Um belo passeio.
O Ciclo do Charque no
Brasil.
No séc. XVIII, havia a valorização do gado existente no Rio
Grande do Sul, introduzido pelos jesuítas no séc. XVII. Os bois serviam de
alimentação, mas para que fosse possível manter a carne em estado propício para
ser consumida, foi dado início da conservação. Primeiro através da secagem ao
sol, como no Ceará, a carne de sol.
O charque era alimento dos escravos em
todo o Brasil. Do gado se aproveitava tudo, o couro, o pó dos ossos para
fertilizantes, o sangue para gelatina, a língua defumada e os chifres para
várias coisas. Esses produtos eram exportados para a Europa e Estados Unidos. O
charque era quase exclusivamente produzido no Brasil, e nos outros países:
Uruguai e Argentina. As charqueadas possuíam em média 80 escravos. O
historiador Magalhães conta que os navios que levavam o charque não voltavam
vazios. Traziam mantimentos, livros, revistas de moda, móveis, louças da Europa
e o açúcar do Nordeste, consolidando a tradição do doce de Pelotas. Em 1820
eram 22 as charqueadas. O fim do ciclo do charque em Pelotas foram várias. Uma
das principais causas foi a abolição dos escravos que era o consumidor do
produto. O advento dos frigoríficos foi outra causa, em 1910. Em 1918, restavam
apenas 5 charqueadas em Pelotas. O coronel Pedro Osório passou a plantar arroz
e virou o Rei do Arroz. O poder dos charqueadores consolidou-se em 1829, quando
o imperador Dom Pedro I, outorgou o título de nobreza a um fazendeiro do
charque. Domingos de Castro Antiqueira, dono da Charqueada do Cascalho, recebeu
o título de Barão de Jaguari e depois virou Visconde de Jaguari. Até o final do
período 10 charqueadores ganharam títulos de nobreza. João Simões Lopes,
tornou-se Visconde da Graça, referência a sua Charqueada da Graça. Atualmente
tem-se 4 charqueadas em Pelotas.
A Charqueada Santa Rita – 1826.
De Inácio Rodrigues Barcelos. Hoje é uma pousada.
Para entrar na propriedade, só se hospedando e o valor é “salgado” como o
charque. Mas é um local lindo, bem decorado e bem conservado. Algumas
celebridades já se hospedaram lá.
A Charqueada Costa do Abolengo.
De Boaventura Rodrigues Barcelos - Barão de Jarau
ou Barão de Butuí.
Uma opção de visitação é chamada de Rota das
Charqueadas, um passeio pelas águas do Arroio Pelotas, onde avistam as
charqueadas.
imagens de arquivo pessoasl. Visita feita em 20 de julho de 2008.
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